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Para o Calros Solla,
esta retrónica vidente.
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Cosmogonia das palavras cheias
Da sua cor única, nascem astros
Na contraluz do olvido fragrante,
Desmembrando as térmites que
Ocupam o frio interior do cérebro
A exudar canções de sombra em
Televisores inertes, como silentes
Arquitecturas evacuando sonhos.
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Chaves de uma ciência obscura,
Anterior a qualquer servidume, a
Lançar-nos para uma lua perfeita
Respirando no florir da casa em
Osmose com a imaginação dos
Seres que palpitam na imensidade,
Semeamos árvores no centro dos
Olhos, afloram palavras grávidas na
Língua enigmática destas aves brancas,
Loairas de tempo ardendo no manancial
Arcaico que sobe nas artérias da beleza.
Abril de 2012.